sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Havaiano tira fotos do interior de ondas

Um ex-surfista Americano agora se dedica a uma atividade inusitada: fotografar ondas de dentro delas.

Clark Little, de 39 anos, começou a fazer as imagens depois que sua mulher manifestou o desejo de ter uma foto para decorar a Casa do casal, no Havaí.

Há dois anos, ele vive do dinheiro que ganha com a venda das fotos.

"O mar é minha segunda Casa e eu amo o que faço", disse Little. "Não existe para mim aquela sensação de encarar o trabalho como uma obrigação."

O fotógrafo conta que para obter as melhores imagens, ele utiliza uma câmera capaz de obter até dez fotos por segundo.

As ondas que ele encara variam entre 90 cm e 4,5 m.

Muitas vezes, ele chegou a ser arremessado a até 10 m de distância de sua localização original.


"Sempre existe um risco para mim, por conta DA força e tamanho das ondas. Mas minha experiência como surfista me deixa à vontade para encarar as ondas sem medo", afirmou.












sexta-feira, 20 de agosto de 2010

LENTES CANON, NIKON E SIGMA - SIGLAS E ABREVIAÇÕES





Siglas e Abreviações Nikon

AF-D Uma das muitas variações da linha de lentes F da nikon. As lentes Nikon tipo AF podem transmitir informações de distância para o corpo da câmera. Os dados de distância do foco é usado pelo sistema de medição de matrix 3D da Nikon e pelo sistema de medição 3D dos flashs.

AF-DX São lentes autofoco Nikkor projetadas para SLR digitais Nikon com fator de corte de 1.5x. Elas são menores e mais leves que as Nikkor padrão devido à não ter que cobrir todo o sensor (não full-frame). Em geral elas não são utilizáveis em corpo Nikon 35mm.
AF-I- Autofocus Integrado Em 1992 a Nikon seguiu o exemplo da Canon lançando uma nova serie de lentes com motor integrado ao corpo da lente. Até então a Nikon só produzia sistemas autofoco no corpo das câmeras. Estas lentes são equivalentes às USM da Canon.

AF-S Autofocus Silent Wave Motor Sistema de auto foco introduzido pela Nikon em 1996, principalmente em teleobjetivas.

AI - Aperture Indexing Em 1977 a Nikon lançou uma série de lentes que podiam comunicar-se a abertura da lente para o corpo da câmera através de um contato mecânico. Estas lentes são facilmente identificadas pela "orelhas" de metal no seu topo (ver imagem). As que apresentam pequenos furos em cada orelha são lentes AI ou AI-S
AI-S Outra variação das lentes F da Nikon lançada em 1981. Essencialmente são lentes AI com suporte para algumas automações a mais, como transmissão linear de informação de abertura.

F Desde o lançamento da câmera "F", que se tornou mundialmente famosa, a Nikon tem usado lentes com o mesmo encaixe básico, também conhecido como Nikon F. Esta padronização de encaixe de lentes contribui para a enorme variação de lentes à disposição dos usuários Nikon. Nikon F é um encaixe de baioneta e o encaixe e a câmera foram nomeados em homenagem ao projetista chefe da Nikon Masahiko Fuketa. Embora o encaixe físico não tenha mudado desde 1959 a Nikon fez melhoramentos contínuos no design incluindo indexador mecânico (AI e AI-S), transferência eletrônica de (AF e AF-D) e lentes com motor de foco integral (AF-I e AF-S). Estas e outras variações significam que não há garantias de que uma lente Nikon específica funcionará perfeitamente com determinado corpo Nikon, mesmo que se encaixe fisicamente. Em 2004 a Nikon lançou a F6 que, ao que parece, marca o encerramento desta linha.

AF-G A linha G são lentes controladas eletronicamente fabricadas pela Nikon que não apresentam anéis no corpo. Semelhantes às lentes da linha EOS da Canon lançadas em 1987, as lentes G da Nikon tem aberturas controladas eletronicamente ajustáveis através de controles instalados no corpo da câmera. Portanto elas não podem ser usadas com câmeras nikon mais antigas.

D-Distance (distancia) As lentes AF-Nikkor do tipo D transmitem informação de distância para o corpo da câmera SLR que possuem sistema de aferição de matriz colorida 3D e flash multi sensor 3D.

ED - Extra-Low Dispersion glass (vidro de dispersão extra baixa) Vidros de alta qualidade para correção de aberração cromática. As lentes Nikkor com vidro ED apresentam definição e contraste superior, mesmo nas aberturas máximas. Super ED é um novo tipo de vidro que é usado junto com o ED em algumas lentes para um grau ainda maior de correção de aberração cromática.

VR - Vibration Reduction (redução de vibração) Estas lentes são o equivalente da Nikon às IS(Image Stabilization) da Canon. Elas reduzem o efeito de tremido da câmera em cerca de 2 a 3 pontos de diafragma. Estas lentes só podem ser usadas com certos corpos tope de linha da Nikon.

Siglas e Abreviações Técnicas da Canon DO - Diffractive Optics (Otica Difrativa ) Tecnologia para lentes desenvolvida pela Canon que usa um elemento com ranhuras extremamente finas - película de difração - gravadas. Estes elementos usam o principio da ótica difrativa para desviar a luz. A vantagem das lentes DO é que elas podem ser feitas menores e mais leves do que as lentes normais. A desvantagem é que elas são muito caras. Lentes DO são identificáveis pelo anel verde claro impresso ao redor do final do corpo da lente.

EF - Electro Focus Definição da Canon para as lentes com baionetas para o sistema EOS. As lentes compatíveis EF são projetadas para o sistema EOS e não se encaixam em nenhum outro corpo de Canon. As lentes EF tem diâmetro interno de 54mm e externo de 65mm e são maiores do que qualquer outro sistema 35mm. O sistema EF foi lançado em 1987 e é totalmente eletrônico.

EF-S - Electro Focus Short Back Focus Definição da Canon para uma variação da baioneta padrão EF usada pelo sistema EOS. A EOS 300D/Rebel Digital/Kiss Digital lançada em 2003 suportavam uma variação diferente das lentes EF comuns. As lentes EF-S 18-55 3.5-5.6 foram produzidas com uma distancia focal posterior mais curta. Isto permitiu que a Canon produzisse objetivas grande angulares mais baratas para usuários de suas SLRs digitais, que usavam sensores com tamanho APS de imagem movendo os elementos traseiros para mais perto do sensor de imagem. O corpo cujo mecanismo do espelho foi modificado para se ajustar à distancia focal posterior eram compatíveis com as lentes EF e EF-S mas as lentes EF-S somente eram compatíveis com o corpo EF-S. As lentes EF comuns possuem um ponto vermelho saliente como índice de encaixe da baioneta. As lentes EF-S usam quadrados brancos.

EOS - Electro-Optical System (sistema eletro-ótico) Nome do sistema das Câmeras SLR da Canon e seus acessórios lançados em 1987. As lentes da linha EOS são totalmente controladas eletronicamente. Não possuem nenhum dispositivo mecânico para foco ou ajuste de abertura. Todos os ajustes são feitos por motores construídos na lente e não no corpo da câmera. Embora isto acrescente alguns custos na fabricação da lente tem a vantagem de cada motor de lente poder ser otimizado para o tamanho e tipo de cada lente, ao invés de prender-se ao sistema do corpo da câmera que tenha que se ajustar à qualquer lente que seja acoplada.

FD Sistema manual de lentes da Canon dos anos 1970 e 80 que usam um sistema de alavancas e pinos mecânicos para transmitir informações para a câmera. IS - Image Stabilization (estabilização de imagem) Um complexo sistema, computadorizado, construído dentro de uma série de lentes vendidos pela Canon. Este sistema permite que a lente compense pequenos movimentos da câmera. As lentes IS possuem sensores giroscópicos que detectam movimentos e pequenos motores que alteram fisicamente um elemento ótico ou um grupo de elementos para compensar adequadamente o movimento. As lentes IS são extremamente úteis em condições de luz insuficiente, elas dão um ou dois pontos extras na abertura. Assim é possível usar velocidades mais baixas do que o normal. Elas não são úteis quando há muito movimento no assunto. Fluorita de Cálcio, material usado pela Canon na linha de lentes da série L. A Fluorita de Cálcio é um cristal sintético, não vidro, com um índice refrativo muito baixo. É usado para controlar aberração cromática especialmente em lentes de distância focal mais longas.

L - Luxury As lentes da linha profissional da Canon são identificadas com o rótulo "L" de Luxury. Ex. A serie 70-200 2.8L possuem pelo menos um elemento esférico de fluorita ou UD e são normalmente construídas com uma qualidade ótica e mecânica mais elevadas do que as lentes não-L. Elas são prontamente identificadas pela faixa vermelha em volta do final do corpo da lente. Muitas são apresentadas na cor branca, pretensamente para mantê-las mais frias no sol.

UD - Ultra Low-dispersion Glass (vidro de dispersão ultra baixa) Elementos de lentes fabricados com vidros UD tem um índice de refração menor do que as de vidro comum. Tais elementos são, normalmente, usados para corrigir aberração cromática.

USM - Ultrasonic Motor (motor ultrasonico) Nome dado pela Canon para seu sistema de motor de lente ultrasonico. Os motores ultrasônicos trabalham com o princípio do movimento induzido por vibração de alta frequência. Assim as lentes USM focam extremamente rápido e são quase silenciosas para o ouvido humano. Lentes Ring USM (que possuem o motor em um conjunto de anéis ao redor do corpo) não usam engrenagens o que torna possível o foco manual em tempo integral (FTM - Full-time Manual). Lentes USM com micromotores mais baratos, entretanto, usam engrenagens e normalmente não suportam FTM. As lentes não-L com motor USM são identificadas pela faixa dourada impressa no final do corpo.

Siglas e Abreviações Técnicas da Sigma

As lentes Sigma são divididas nas seguintes categorias básicas:

Lentes zoom: Possuem a habilidade de variar a distância focal e com isso mudar a ampliação da imagem simplesmente girando um anel no corpo da lente. Por exemplo: uma lente 28-200mm torna possível fotografar em grande angular e em tele a partir do mesmo lugar.

Lentes de distancia focal fixa: As lentes de distância focal fixa oferecem um único ângulo de visão. Isso quer dizer que não é possível alterar o tamanho da imagem sem mudar a posição do local de onde se fotografa. Entretanto as lentes de distância focal fixa oferecem aberturas maiores foco mais simples e são projetadas para um fim específico. Por isso procurem efeitos e resultados melhores para o fim aos quais foram projetadas.
Lentes macro: Usam ótica avançada para gravar imagens em tamanho real ou maiores. Estas características estão disponíveis em lentes com distância focal fixa ou zoom. Por exemplo: Uma lente macro com razão de 1:1 produz imagens em tamanho real no filme, 1:2 produz imagens com metade do tamanho real e 1:3 um terço do tamanho real.

ASP Aspherical Lenses: Os elementos não esféricos de uma lente podem reduzir o numero total de elementos necessários em um tipo de lente. Eles podem melhorar o desempenho e ao mesmo tempo reduzir o peso e o tamanho da lente. As lentes Aspherical maximizam a qualidade ótica e minimizam o tamanho e o peso das mesmas. As lentes Aspherical reduzem alguns problemas normalmente associados com grande angulares e zooms, tais como flare e distorções das bordas.

APO (apochromatic) Estas lentes apresentam um projeto apocromático e vidros especiais de baixa dispersão (SLD - Special Low Dispersion) para uma aberração cromática mínima e alta qualidade em telefotografia oferecendo contraste e nitidez.
Lentes (APO) Apochromatic minimizam enormemente as aberrações cromáticas (fenômeno que ocorre quando a lente não é capaz de focar ondas de cores de diferentes comprimento no mesmo ponto. Isto provoca a formação de imagens em pontos ligeiramente diferentes resultando em imagem de baixa qualidade).

RF IF (Internal and Rear Focusing) O foco automático convencional é feito movimentando-se todo o conjunto de lentes ou apenas movendo o grupo de lentes frontal. Para as lentes Tele e Macro a Sigma desenvolveu um sistema de foco interno que move um grupo de elementos dentro do tubo da lente, melhorando significativamente as capacidades macro. Para as super grande angulares com diâmetro frontal amplo criou o sistema de foco traseiro (Rear Focusing System) que move apenas o grupo de elementos traseiro. Para as lentes de médio alcance usa o sistema de foco interno que move o grupo de elementos interno para permitir uma distancia focal mínima mais curta. Tudo mantendo um comprimento físico constante do corpo das lentes.

HSM (Hypersonic Motor) Permite auto e manual foco de resposta rápida, virtualmente silencioso, como também sobreposição de foco somente manual UC - Ultra Compact (Ultra compacta) São as menores e mais leves lentes do seu gênero disponíveis.
DG - Digital As lentes com esta sigla são projetadas especialmente para câmeras digitais SLR. Entretanto podem ser usadas normalmente em câmeras 35mm.

DL - Deluxe As lentes DL são lentes completas a despeito de seu preço modesto. Como outras lentes Sigma elas são distribuídas com parassol original e incremento de 1/2 ponto em abertura manual scala de profundidade de campo e marca de correção de infravermelho.

DF - (Dual Focus) As lentes Dual Focus (DF) são mais fáceis de segurar porque o anel de foco não gira durante o Auto Foco e mesmo assim proporciona rotação adequada do anel de focagem quando o sistema de foco estiver em modo manual.

HF - Helical focus Este sistema elimimina a rotação da parte frontal da lente permitindo o uso de um parassol completo e facilitando o uso de filtros polarizadores.

EX - Excellence Linha de lentes profissionais da Sigma. Estas lentes apresentam a sigla EX e o logo EX no corpo da lente.

Fonte: Enio Leite
Focus Escola de Fotografia

COM CAMERAS DIGITAIS PELO CELULAR, BRASILEIRO TIRA MAIS FOTOS




Texto> Ana Freitas
FONTE: http://bit.ly/aZHXND

São Paulo, 21 (AE) - Quando era preciso comprar filme e depois mandar revelar, você tirava em média 60 fotos por ano. Hoje, usando sua câmera compacta ou a que vem embutida no celular, você tira 10 vezes mais fotos: a média pessoal subiu para 600 por ano, segundo a Kodak. Não é à toa. Quando há câmeras por todos os lados, é muito mais fácil tirar uma foto. No ano passado, 60% dos celulares vendidos no Brasil tinham câmera. No Flickr, um dos maiores repositórios de fotos do mundo, a câmera mais usada é a do iPhone 3G, na frente de todas as outras, profissionais ou não.

E hoje, no Brasil, dá para comprar uma câmera compacta de marca tradicional por cerca de R$ 350. Por tudo isso, foto e vídeo se tornam cada vez mais acessíveis. Mas não são só os amadores que estão mudando os hábitos na hora de tirar fotos. Alguns fotógrafos profissionais têm se rendido às facilidades do digital. Eles preferiram trocar o equipamento pesado por um celular com câmera e explorar as limitações do aparelho (como a falta de zoom óptico, lentes angulares e qualidade de imagem) para criar uma nova linguagem. "O equipamento profissional é complicado de mexer e muito difícil de transportar", justifica o fotógrafo norte-americano Jay Soto, autor do projeto Androidography, que reúne fotos tiradas com o Nexus One, o celular do Google. Jay vê, nos avanços da fotografia digital, uma espécie de volta à nostalgia dos tempos da Polaroid. "

A beleza da fotografia tirada com o celular está no fato de que não precisa de técnica. É apontar, clicar e compartilhar", diz. Outro fotógrafo americano que trocou o equipamento profissional pelo celular, Glyn Evans cuida do blog iPhoneography, só de fotos tiradas com o aparelho da Apple: "Com o iPhone, minhas fotos ficaram mais espontâneas e divertidas. Ultimamente, eu quase não tenho usado minha câmera profissional".

A fotógrafa brasileira Carol Zaine é dona de um Nokia 5580 que usa capturar "peculiaridades da cidade de São Paulo com um olhar de turista", como explica. A partir da ideia, ela criou o blog Sampa pelo Cel, onde posta as fotos que tira com o aparelho. "A ideia é mostrar que não é preciso uma boa câmera. Quero explorar o olhar. O celular capta a luz legal, mas não perde aquela 'cara tosca' de foto de celular", explica. Como outros fotógrafos, Carolina tinha dois pés atrás quando se tratava de fotos com equipamentos portáteis, ainda mais tiradas por celulares.

"Eu odiava câmera de celular. Dizia 'nossa, o povo não tem o que inventar, coloca uma câmera meia-boca só para falar que tem câmera no celular'. Mas aí comecei a enxergar o celular como uma linguagem que pode ser explorada", fala.

COLETÂNEA O celular já não só tira a foto, mas também permite editá-la e subi-la na internet. Com tanta gente usando esses recursos, começaram a pipocar concursos de arte e exposições para divulgar esses trabalhos. De 6 a 14 de agosto, a exposição Pixels At An Exhibition vai exibir as melhores 'iPhone Arts' da web em um festival de arte nos EUA, e eles ainda estão aceitando inscrições.

Outra exposição italiana, iPhoneography, vai exibir no dia 9 de outubro as melhores fotos enviadas ao site no festival Dia de Arte Contemporânea, organizado pela Associação Italiana de Museus de Arte Contemporânea. No Brasil, festivais como o Vivo arte.mov e o HTTPix aceitam fotos e vídeos feitos com celulares ou câmeras compactas e têm premiações específicas para essas modalidades. E há aplicativos de fotografia para iPhone, como o Hipstamatic, que simula fotos tiradas com uma câmera plástica, que fazem premiações mensais e lançam livros com coletâneas das melhores fotos tiradas por usuários.

OLHA Mas talvez a mudança mais significativa é que tirar foto passou a ser um processo que inclui mostrar essa foto para o mundo na mesma hora. "A explosão dos celulares com câmera criou um terceiro olho na palma da nossa mão. E esse olho acaba servindo também como uma segunda boca, porque você se comunica com as outras pessoas com a imagem, a publica instantaneamente", explica Giselle Beiguelman, professora de pós-graduação da PUC-SP.

BOX FLICKR/PICASA OU ORKUT/FACEBOOK Flickr - O serviço tem aplicativos que facilitam o upload de fotos e rodam em Android, Blackberry e iPhone. Também é possível fazer o upload online, pelo site do Flickr, acessando-o com o navegador do celular Picasa - Android e Blackberry têm sua versão oficial do aplicativo Picasa. Para iPhone, use o kcPicasa, gratuito na Appstore da Apple. Em 'upload', escolha os álbuns e suba as fotos que tirou ou então tire as imagens para então subi-las Facebook - Baixe o Facebook Mobile (disponível para Android, Blackberry e iPhone). Na aba 'Photos', escolha um dos álbuns já existentes (ou crie um) e clique no botão '+'. Daí, é só tirar a foto, ou subir uma que você já tirou Orkut - Use o Mobo no Blackberry, o OrkUp no iPhone ou o Orkut Mobile para Android. Selecione o álbum, clique no ícone de imagem no Mobo, em 'Upload' no OrkUp e em 'Menu/Share' no Orkut Mobile, e selecione as fotos

KODAK APRESENTA PREJUIZOS ACIMA DO ESPERADO




FONTE: http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/07/28/kodak-tem-prejuizo-acima-do-esperado-acoes-caem-917256860.asp

NOVA YORK (Reuters) - A norte-americana Kodak divulgou prejuízo trimestral muito maior que o esperado devido à queda nas vendas de câmeras digitais e em seus negócios de processamento de filmes pela perda de um importante cliente, motivando queda das ações da companhia.

A empresa de produtos e serviços de fotografia Eastman Kodak registrou prejuízos de US$ 49 milhões (US$ 0,18 por ação) no primeiros semestre do ano, o que significa que conseguiu reduzir em 91% os números vermelhos relativos ao mesmo período de 2009. A companhia americana informou nesta quarta que, nos dois períodos comparados, seu faturamento aumentou 8% e chegou a US$ 3,502 bilhões.

Apenas no segundo trimestre do ano - que é o período no qual mais se fixam os analistas -, a companhia perdeu US$ 168 milhões (US$ 0,63 por ação), 11% a menos que no ano anterior. No entanto, os lucros trimestrais da companhia caíram também 11% e ficaram em US$ 1,569 bilhão, dos quais US$ 1,103 bilhão foram obtidos do negócio de fotografia digital da empresa (6% a menos que no segundo trimestre de 2009). "Continuamos ganhando mercado, mantendo disciplina de custos e avançando em direção à rentabilidade", assegurou hoje o presidente e executivo-chefe da Eastman Kodak, Antonio Pérez, ao apresentar os resultados.

Os números apresentadas nesta quarta por Kodak foram piores que o esperado pelos analistas, o que contribuiu para que suas ações caíssem 10% pouco depois da abertura da Bolsa de Nova York. De qualquer forma, neste ano a companhia - que desde 2004 não fechou nenhum ano com lucro líquido - subiu 4% na bolsa nova-iorquina, acumulando alta de 32% nos últimos 12 meses.

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19 de Agosto dia Mundial da Fotografia

Foi numa manhã, mais precisamente no dia 19 de agosto de 1839, que a fotografia se tornou de domínio público em território francês. O anúncio oficial foi feito na Academia de Ciências e Artes de Paris, pelo físico François Arago, que explicou para uma platéia espantada os detalhes do novo processo desenvolvido por Louis Jacques Daguerre. O físico apresentava e doava ao mundo o daguerreótipo.


Naquele momento o ato parecia uma mágica. Uma caixa escura, ferramenta capaz de captar e fixar numa superfície o mundo "real". Dizem as lendas que em seguida à cerimônia várias pessoas saíram as ruas em busca de uma máquina de fazer daguerreótipos e essa vontade de produzir imagens nunca mais cessou.


Daguerre não perdeu tempo. Antes de doar seu invento a França já havia patenteado o mesmo nas Ilhas Britânicas, Estados Unidos e nos quatro cantos do mundo.


"De hoje em diante, a pintura está morta" declarava o pintor Paul Delaroche. Nos círculos mais conservadores e nos meios religiosos da sociedade, "a invenção foi chamada de blasfêmia, e Daguerre era condecorado com o título de "Idiota dos Idiotas''".O pintor Ingres, ainda que utilizasse os daguerreótipos de Nadar para executar seus retratos, menosprezava a fotografia, como sendo apenas um produto industrial, e confidenciava: "a fotografia é melhor do que o desenho, mas não é preciso dizê-lo".


Baudelaire, um dos mais expressivos representantes da cultura francesa, negava publicamente a fotografia como forma de expressão artística, alegando que "a fotografia não passa de refúgio de todos os pintores frustrados", e, sarcasticamente, celebrava a fotografia "como uma arte absoluta, um Deus vingativo que realiza o desejo do povo. e Daguerre foi seu Messias. Uma loucura, um fanatismo se apoderou destes novos adoradores do sol".Com estas declarações, Baudelaire refletia o impacto causado pela fotografia na intelectualidade européia da época".


Um artigo publicado no jornal alemão Leipziger Stadtanzeiger, ainda na última semana de agosto de 1839, ajuda a compreender melhor este confronto:"Deus criou o homem à sua imagem e a máquina construída pelo homem não pode fixar a imagem de Deus. É impossível que Deus tenha abandonado seus princípios e permitido a um francês dar ao mundo uma invenção do Diabo".(Leipziger Stadtanzeiger ,26.08.1839, p.1) A nova concepção da realidade conturbou o mundo cultural e artístico europeu.


Como entender que a fotografia viesse para ficar, a não ser em substituição das tradicionais formas de representação? Já se havia gasto vãs sutilezas em decidir se a fotografia era ou não arte, mas preliminarmente, ainda não se perguntara se esta descoberta não transformava a natureza geral da arte e da cultura.


A nova invenção teve importância mais filosófica do que científica. Nasceu dentro do germe da sociedade industrial e a partir desta data o mundo nunca mais seria o mesmo.


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USO DE IMAGEM SEM CONSENTIMENTO SÓ DÁ DIREITO A INDENIZAÇÃO SE PROVOCAR DANO





O uso publicitário de fotografia que mostrava família em visita à feira Expointer não configurou dano aos retratados. Com esse entendimento, a 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Reio Grande do Sul (TJRS) acolheu recurso do Estado do Rio Grande do Sul. A ação indenizatória por danos morais, que tramitou na 4ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, teve sentença favorável aos visitantes da feira.

O casal autor teve a foto de sua família utilizada em peça publicitária que divulgou a feira no ano de 2002. Em recurso, o Estado apontou a finalidade institucional, e não-lucrativa, da publicidade da foto, que, inclusive, enfatizava aspectos positivos da cultura gaúcha. Ponderou estar evidente não se tratar de uma situação que provocou dano moral, o que sequer foi implicado em momento algum da ação. O juiz-convocado José Conrado de Souza Júnior observou não haver controvérsias quanto à publicação da foto dos autores, bem como quanto à falta de um pedido de autorização. Entretanto, disse ser necessária a verificação da ocorrência ou não dos requisitos à indenização.

Asseverou ser inegável "a proteção constitucional à imagem ou intimidade", ainda que pertinente a fixação do alcance da garantia. Através da referência a doutrina e jurisprudência, moldou a noção de que a divulgação de informações de cunho privado de caráter apelativo, sem que haja interesse público no acesso a tais dados, constitui "clara e ostensiva contradição com o fundamento constitucional da dignidade da pessoa humana". No caso que foi julgado, ressaltou que a família se encontrava em local púbico quando da fotografia, não se relacionando com qualquer fato íntimo.

O juiz destacou o argumento do Estado, segundo o qual os autores, em momento algum, demonstram a forma como teriam sido atingidos em sua honra. Para o magistreado, é motivo de orgulho figurar em publicidade com o intuito da que foi produzida. Assegurou que, a não ser que houvesse motivo "justo e jurídico", para que desejassem o anonimato, "o que, no caso, não restou demonstrado". O magistrado avaliou que, se fosse julgado procedente o pleito dos autores, "fotografar eventos públicos passaria a ser considerado atividade ilícita, ou, no mínimo, de grande risco, pois sempre haveria a possibilidade (concreta) de alguém mais aparecer na foto e requerer danos morais por isso". Ainda, seria "o que de algum tempo se vem delineando: a consagração de uma sociedade litigiosa e tarifada pela intolerância da convivência".

Acompanharam este voto os desembargadores Luiz Lúcio Merg, que presidiu a sessão, e Paulo Antônio Kretzmann.

O acórdão data de 15/4/2004, e foi publicado na Revista da Jurisprudência nº 240, de março de 2005. Proc. 70008025348

Leia a íntegra do acórdão:

DANO MORAL. DIREITO À INTIMIDADE. VEICULAÇÃO PUBLICITÁRIA DE FOTO DA FAMÍLIA OBTIDA EM EVENTO PÚBLICO. INOCORRÊNCIA DE FATO NEGATIVO A ENSEJAR INDENIZAÇÃO.

A veiculação de imagem deve ser sempre autorizada. Porém, dano algum há para indenizar se dessa exposição não resulta fato negativo ou depreciativo aos autores, que, na ocasião, participavam de evento de largo acesso ao público.

PROVERAM O RECURSO DO DEMANDADO, JULGANDO IMPROCEDENTE A AÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL DÉCIMA CÂMARA CÍVEL Nº 70008025348 COMARCA DE PORTO ALEGRE ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL APELANTE RENATO TRINDADE BENITES APELADO PATRICIA PROENCA BENITES APELADA ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos. Acordam os Magistrados em Décima Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, dar provimento ao recurso do demandado, julgando improcedente a ação. Custas na forma da lei.

Participaram do julgamento, além do signatário, os eminentes Senhores Desembargadores Luiz Lúcio Merg, Presidente e Revisor, e Paulo Antônio Kretzmann. Porto Alegre, 15 de abril de 2004.

DR. JOSÉ CONRADO DE SOUZA JÚNIOR, Relator. RELATÓRIO DR. JOSÉ CONRADO DE SOUZA JÚNIOR (RELATOR) O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL apela tempestivamente objetivando a modificação de sentença que, nos autos da ação indenizatória movida por RENATO TRINDADE BENITES e PATRÍCIA PROENÇA BENITES, julgou procedente o pedido.

Nas razões ressalta a incontrovérsia a respeito dos fatos, ou seja, a publicação da foto da família na divulgação da Expointer/02. Refere o caráter publicitário-institucional da fotografia, ausente finalidade lucrativa.

Ressalta evidente a ausência de qualquer caráter ou circunstância a implicar dano moral.

Ao contrário, a fotografia enfatiza aspectos positivos da cultura rio-grandense. Não houve alegação de sofrimento pela publicação da fotografia. Acaso mantida a condenação pede a redução do valor para o máximo de 10 salários mínimos.

Dispensado o preparo, os autores contra-arrazoaram pedindo a manutenção da sentença. Neste Grau o Dr. FRANCISCO WERNER BERGMANN, ilustre Procurador de Justiça, lançou parecer opinando pelo improvimento do apelo. Vieram os autos para julgamento. É o relatório. VOTOS DR. JOSÉ CONRADO DE SOUZA JÚNIOR (RELATOR) Primeiramente, cumpre consignar a ausência de controvérsia acerca da publicação da foto dos autores no folheto promocional da Expointer, edição 2002, acostado à fl. 12.

Não houve, de fato, autorização para a veiculação da imagem. Disso decorre, entretanto, analisar-se se presentes os requisitos para a indenização de eventual prejuízo, sob qualquer de suas espécies, material ou moral. Não há negar a proteção constitucional à imagem ou intimidade.

Porém, é necessário fixar-se o alcance dessa garantia. O caminho é encontrado na lição de Alexandre de Moraes (in Direito Constitucional. 12 ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 79): Os direitos à intimidade e a própria imagem formam a proteção constitucional à vida privada, salvaguardando um espaço íntimo intransponível por intromissões ilícitas externas. A proteção constitucional consagrada no inciso X do art. 5º refere-se tanto a pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas, abrangendo, inclusive, à necessária proteção à própria imagem frente aos meios de comunicação em massa (televisão, rádio, jornais, revistas, etc.).

Os conceitos constitucionais de intimidade e vida privada apresentam grande interligação, podendo, porém, ser diferenciados por meio da menor amplitude do primeiro, que encontra-se no âmbito de incidência do segundo. Assim, intimidade relaciona-se às relações subjetivas e de trato íntimo da pessoa, suas relações familiares e de amizade, enquanto vida privada envolve todos os demais relacionamentos humanos, inclusive os objetivos, tais como relações comerciais, de trabalho, de estudo, etc. Encontra-se em clara e ostensiva contradição com o fundamento constitucional da dignidade da pessoa humana ( CF , art. 1º , III ), com o direito à honra, à intimidade e à vida privada ( CF , art. 5º , X) converter em instrumento de diversão ou entretenimento assuntos de natureza tão íntima quanto falecimentos, padecimentos ou quaisquer desgraças alheias, que não demonstrem nenhuma finalidade pública e caráter jornalístico em sua divulgação. Assim, não existe qualquer dúvida que a divulgação de fotos, imagens ou notícias apelativas, injuriosas, desnecessárias para a informação objetiva e de interesse público ( CF , art. 5º , XIV ), que acarretem injustificado dano à dignidade humana autoriza a ocorrência de indenização por danos materiais e morais, além do respectivo direito à resposta."

Os autores foram fotografados, segundo afirmam na inicial, em edição anterior da Expointer. Estavam em ambiente aberto ao público, embora com cobrança de ingresso, não se relacionando a fotografia com qualquer fato íntimo da família. De outro lado, não há uma linha sequer na inicial a respeito da forma pela qual teriam sido os apelados atingidos em sua moral ou honra. E assim não poderia ser. Ao contrário do alegado, tenho convicção que o cidadão comum estaria honrado em ilustrar promoção da maior feira agropecuária da América Latina, especialmente quando ressalta as tradições gaúchas, exceto, é claro, se tivesse algum motivo justo e jurídico para não querer aparecer em público, o que, no caso, não restou demonstrado e sequer foi aventado.

A entender-se de outra forma, fotografar eventos públicos passaria a ser considerada atividade ilícita, ou, no mínimo, de grande risco, seja com intuito publicitário, jornalístico ou mesmo privado, pois sempre haveria a possibilidade (concreta) de alguém mais aparecer na foto e requerer danos morais por isso. Seria, a meu sentir, o que de algum tempo se vem delineando -a consagração de uma sociedade litigiosa e tarifada pela intolerância da convivência. O outro passaria sempre a ser fonte imediata de lucro. Dito isso, é bem de enfatizar não haver caráter depreciativo da imagem dos autores na publicação.

De sua vez, a jurisprudência desta Câmara é comunga do entendimento ora sustentado: INDENIZAÇÃO. PROPAGANDA. USO INDEVIDO DE IMAGEM. FOTOGRAFIA. AUSÊNCIA DE CONSENTIMENTO. NEXO CAUSAL. DANO PATRIMONIAL. AUSÊNCIA DE DANO MORAL.

1 - Ação que a parte visa a reparação de danos pelo uso indevido de imagem. Publicidade de fotografia de segurança que serviu como modelo junto à empresa, sem a devida autorização. Presente o nexo causal a ensejar a obrigação do proprietário da empresa em ressarcir o dano material.

2 -O dano moral não restou provado nos autos, já que inexistentes elementos a demonstrar o prejuízo do autor na esfera psíquica e no seu cotidiano, eis que a fotografia não traduz fato negativo.

3 -Verba honorária bem fixada em sentença.

Apelo improvido. (6 FLS D.) (APELAÇÃO CÍVEL Nº 70004115820, DÉCIMA CÂMARA CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: PAULO ANTÔNIO KRETZMANN, JULGADO EM 22/05/2003) Diante disso, não ocorrendo qualquer dano pela veiculação de fotografia da família dos autores, nada há para indenizar. Voto, por isso, pelo provimento do recurso do réu, julgando improcedente a demanda.

Inverto a sucumbência, fixando honorários em R$ 500,00. DES. LUIZ LÚCIO MERG (PRESIDENTE E REVISOR) -

De acordo. DES. PAULO ANTÔNIO KRETZMANN - De acordo. Julgadora de 1º Grau: MARILEI LACERDA MENNA

FONTE: http://www.jusbrasil.com.br/banners/Noticias_Juridicas_View_SuperBanner.html?v=0.5735425276597569

INÉDITAS DE CARTIER-BRESSONLIVRO TRAZ FOTOS



FONTE:http://www.band.com.br/entretenimento/cultura/conteudo.asp?ID=100000335495

O francês Henri Cartier-Bresson (1908–2004) é o autor de algumas das fotografias mais conhecidas em todo o mundo. O fato de muitas delas estarem no livro “Henri Cartier-Bresson: o Século Moderno” (Ed. Cosac Naify, R$ 185) já garantiria o interesse da publicação, mas o lançamento traz surpresas aos fãs do fotógrafo: imagens inéditas registradas por ele.

Organizado por Peter Galassi, curador-chefe de fotografia do MoMA, de Nova York, o livro é a primeira publicação feita a partir do acesso irrestrito à coleção e aos arquivos da Fundação Henri Cartier-Bresson de Paris.

Entre milhares de imagens e documentos pessoais do artista francês, foram garimpadas 450 ilustrações para a obra. Além das imagens, o livro inclui um ensaio de Galassi que traz uma nova apreciação da obra de Cartier-Bresson, geralmente conhecido como o fotógrafo “do instante decisivo”, mas apresentando agora também seu papel de destaque na fotografia surrealista do começo dos anos 1930.

O livro, que chega às lojas ainda nesta semana, traz uma série de mapas e roteiros de viagem do fotógrafo, mostrando por onde ele passou em mais de 40 anos de atividade. Também fazem parte do lançamento uma bibliografia de suas publicações na imprensa, uma filmografia e a cronologia de suas principais exposições fotográficas e livros.

sábado, 14 de agosto de 2010

FOTOGRAFIA ALTERNATIVA: LOMOGRAFIA



Lomografia ganha adeptos em Brasília - Mania na Europa desde a década de 1980, a lomografia ganha adeptos em Brasília. A ordem é não seguir as regras da fotografia tradicional.

Texto: Nahima Maciel - Fonte: Correio Brazilinese

A câmera com quatro lentes de plástico reproduz a mesma imagem a partir de um clique. O desafio é conseguir grafismos variados

A lomografia se pratica com uma pequena câmera de plástico e tem 10 mandamentos. O mais curioso deles é nunca pensar antes de apertar o clique da máquina fotográfica. Se o praticante obedecer a esse princípio, conseguirá produzir uma autêntica imagem Lomo. Para levar o selo, a foto nada pode ter de planejada ou montada. As cores não são perfeitas, o foco, muitas vezes, nem sequer existe e, se a composição parecer um mosaico, melhor ainda. A regra básica da lomografia é não seguir a nenhuma norma que serve de guia ao mundo formal da fotografia. Mania surgida no Leste Europeu(1) na década de 1980, a prática começa a ganhar adeptos em larga escala no Brasil. Se lá fora é muito popular, por aqui ainda fica restrita a um grupo pequeno de fotógrafos e amadores curiosos e corajosos. Para quem gosta de fazer experiências, é um mundo encantado.

Quando Janaína Miranda viu uma Holga (modelo clássico da marca Lomo) pela primeira vez, não resistiu. O aparelho pertencia a uma amiga e ela pediu emprestado. Para o trabalho comercial, Janaína usa câmera digital e analógica. Nas produções mais autorais, gosta de manipular filme e imagem, inverter negativos, estourar luzes. A Lomo virou um fetiche. “Gosto da imprevisibildade da coisa. A Lomo é uma grande surpresa. Você tem uma câmera de plástico, que vaza luz, é tudo errado”, brinca.

Produzida por uma fabricante austríaca de câmeras de plástico inspiradas em modelos toscos vendidos no leste da Europa em países do antigo bloco socialista, a Lomo tem pelo menos 20 modelos diferentes. A Holga é a clássica, mas há também a Diana, com direito a flash, a Pop 9, com nove minúsculas lentes de plástico, que repetem a mesma imagem em um único clique e uma olho de peixe capaz de resultados inusitados.

Em Brasília, há poucos lomógrafos. No entanto, eles foram suficientes para Humberto Lemos, fundador do Fotoclube f/508, decidir montar o primeiro ponto de venda das câmeras no Brasil. Comprou 56 exemplares de uma importadora carioca e vendeu 47. “A Lomo hoje é considerada uma estética e tem toda uma filosofia. O lomógrafo tem um perfil jovem e a estética flutua em torno de um certo descompromisso antes de fotografar. As cores são supersaturadas e os resultados, inesperados. Quando você fotografa em analógico, consegue prever o resultado. Com a Lomo não, é uma coisa muito espontânea”, explica Lemos.

Ser um lomógrafo é cult e significa pertencer a uma pequena tribo de descolados. Para Lemos, a moda funciona como uma maneira de defender a fotografia analógica entre o público jovem. Enquanto a tecnologia digital democratiza o acesso à fotografia, a Lomo recupera um certo romantismo da produção de imagens analógicas. A expectativa começa na total falta de controle desde o enquadramento — muitos desses aparelhos são tão toscos que nem sequer têm visor — e se estende à revelação de efeitos inesperados. “Você prolonga o prazer da fotografia, é uma delícia”, constata Humberto Lemos.

“Ela te pede que você não seja tradicional na forma de fotografar”, completa Rinaldo Morelli. O fotógrafo descobriu a Lomo fuçando na internet. Em 2004, comprou a primeira câmera, um modelo azul, de plástico, com uma sequência de quatro lentes que permitem o registro da mesma imagem. O desafio é conseguir que cada registro seja diferente. Depois, Morelli adquiriu um aparelho com quatro lentes dispostas em formato quadrado. “É antidigital”, brinca. “É bacana porque você desconstrói o ato rígido de fotografar. E como há uma desconstrução da tecnologia, há um preconceito de que não rende boas fotos. Não acho isso. O lowtech me encanta porque é mais desafiador.”

O fotojornalista Arthur Monteiro se encantou com a Lomo por causa de um defeito. Um problema nas lentes faz com que as imagens ganhem contornos pretos, o que Monteiro chama de vinhetagem. “Todas as Lomos acabam fazendo isso. Achei interessante, deu um ar especial à imagem. Infelizmente, o mercado aboliu de vez o analógico, mas para mim é o hobby da minha profissão. É uma coisa meio paranoica, mas também nostálgica.”

Distorções austríacas Tudo começou na antiga União Soviética. O governo queria produzir câmeras baratas, pequenas, simples e robustas. O objetivo era torná-las populares. Em visita a um país do bloco comunista, dois austríacos utilizaram o aparelho e ficaram encantados com as distorções provocadas pelas lentes de plástico e pelo eventual vazamento de luz. Fundaram então a Sociedade Lomográfica com o objetivo de reunir adeptos. A fábrica original fechou, mas a marca continuou nos aparelhos de uma fabricante austríaca que hoje exporta para o mundo todo. Do simples ao luxuoso A Lomo é conhecida pela produção de câmeras muito simples, de aspecto rude, sem muito design. A Diana chega a ser kitsch, com detalhes em cores vibrantes como rosa e amarelo. Mas a fabricante também investe em pequenos aparelhos de luxo, mais elaborados. É o caso da Lubiflex, uma cópia da Rolleiflex. Foi exatamente esse modelo que Emanuel Celestino resolveu comprar. “Quero ter essa experiência nova de conhecer essa câmera. A questão da imprevisibilidade me atrai. Tenho uma digital, mas os efeitos e as cores da Lomo são diferentes”, explica o servidor público, que pratica fotografia como hobby e ouviu falar da Lomo num curso no fotoclube.

Outro modelo mais luxuoso é a Pin Hole Zero. Fabricadas com número de série e tiragem limitada — não estão disponíveis para venda —, essas caixinhas de madeira com dispositivos dourados reproduzem o mais simples dos instrumentos utilizados para captar uma imagem. A Pin Hole é a versão sofisticada da lata de leite pintada de preto. “A gente gosta de uma linguagem diferenciada”, repara Humberto Lemos, dono de um dos exemplares mais cobiçados da Lomo.

A lomografia é um movimento com tantos adeptos que tem direito a comunidades na internet, especialmente nos sites de postagem de fotos. Em algumas páginas do Filckr, os praticantes explicam que a lomografia é uma filosofia na qual se privilegia o instante em detrimento do objeto. Na comunidade intitulada Lomo, um pedido fundamental orienta a postagem das fotos: “Por favor, nada de falsas Lomos ou Lomos digitais