terça-feira, 7 de julho de 2009

Dica n° 4 - Pôr-do-sol

A maior dificuldade ao se fotografar o pôr-do-sol está na medição correta da quantidade de luz. A luz direta, vinda do sol, faz com que somente ela seja considerada pelo fotômetro interno da câmera e as áreas adjacentes fiquem escuras, sem detalhe algum, como nesta foto.

Raríssimas vezes encontramos um pôr-do-sol avermelhado, igual a este que fotografamos, pelo menos no Rio de Janeiro. A localização geográfica, o clima, a época do ano e as condições do tempo vão dar a tonalidade ao espetáculo. Geralmente ele acontece amarelado, com poucos tons de laranja ou vermelho. Quando encontramos um pôr-do-sol avermelhado vale qualquer esforço para tentar obter uma boa foto. O resultado, por pior que seja, sempre agradará.

Se a sua máquina possui zoom ótico, use-o. Não aconselho o uso do zoom digital. Raríssimas câmeras têm um zoom digital quase semelhante, em qualidade, ao zoom ótico. A Canon S5IS é uma delas, que com um zoom ótico de 12x consegue multiplicar esse valor por 4, aproximando o assunto 48 vezes, quase sem perder a qualidade. Mas para fotografar esta cena não precisa, e nem deve usar, tanta aproximação. A função da tele, nestas fotos, é realçar o plano de fundo em relação aos elementos do primeiro plano, quando houver.

Quanto à fotometragem, devemos medir a luz nas áreas adjacentes. Nas câmeras automáticas basta apontar para o céu, por exemplo, apertar o disparador até a metade e mantê-lo nesta posição tão logo a regulagem esteja concluída. Isso fará com que ela não se perca. Em seguida, aponte novamente para o assunto principal, o sol, e faça a tomada da fotografia com a regulagem obtida na focagem do céu.

Paulo Afonso (fotógrafo e editor do Alma Carioca)

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