Desconstruir não significa destruir, mas recriar. Uma imagem é como uma paisagem, cada elemento contido nela tem sua função.
Essa recriação está dentro de nossas cabeças, ela que organiza e produz uma pintura, uma foto, uma escultura que somente os elementos em si poderiam ser tinta, tela, barro e filme. O fotógrafo tem que introduzir todo o conteúdo e depois devolve-lo em outra concepção.
É preciso liquidificar, processar e através do repertório construído durante a vida, ele devolve algo que é só seu, mas que já estava ali pra que qualquer um pudesse visualizar.
A câmera fotográfica é uma extensão do olhar e nossas mãos através de nossos dedos, clicam um instante único quando percebemos que nessa fração de segundo essa desconstrução passa a ser uma construção poética. Pois a poesia não está apenas no misturar das letras desconstruindo o alfabeto, mas também no campo visual onde reside nosso universo de informações é por isso que a desconstrução reorganiza os elementos para uma nova forma do olhar.
A arquitetura das palavras empilhadas em linhas, nos dão resultados cuja raizes podemos decifrar, da mesma forma os sentimentos rompem a barreira do silêncio profundo e diz tudo em poética através de uma fotografia.
Os verbos, os adjetivos, os pronomes são como: ISO, White Balance, Velocidade, abertura etc. Basta aguçar a percepção e se fazer presente naquilo que você quer traduzir em muito mais que simples palavras. O estampido do click fará o resto.
sábado, 31 de outubro de 2009
Desconstrução
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