A verdade é que o mercado está saturado de opções. Com a “revolução” da fotografia digital as empresas precisam acrescentar cada vez mais funções as suas câmeras para ter algo mais em relação a concorrência. Algo como o que acontece no mercado de celulares. È uma guerra por consumidores que gera alguns bons efeitos, como a queda de preços e avanço da tecnologia, por exemplo, mas que também pode causar muita confusão, compras desnecessárias e escolhas erradas na hora de adquirir um desses brinquedos.
O que realmente faz a diferença em uma boa câmera digital.
Fotografia, mesmo na era digital, ainda é feita com a luz que passa através da lente e é gravada em um filme, ou sensor. Isso “ainda” não mudou. Então, na hora de escolher uma câmera digital podemos levar em consideração praticamente os mesmos fatores que utilizávamos no passado, e só mais alguns extras que vieram com a tecnologia.
Lentes
Pegue sua câmera digital, ou de filme e olhe na frente da lente. Lá estão escritos alguns números. Esses números definem as principais características da lente. È preciso ficar atenta a eles.
1. Procure lentes luminosas. Com luminosidade abaixo de f3.0. Isso é uma ótima vantagem. Você pode observar isso nos números que estão depois do f e que vem escritos como, por exemplo, 1:3.5 - 5.6. Nesse caso ela tem luminosidade de f3.5 na grande angular e perde luminosidade para f5.6 no zoom máximo, por isso tem dois números. Quanto menores esses números, melhor.
2. Superzoons, acima de 5x, não são muito úteis. Muitas vezes a qualidade da lente é comprometida por essa característica. Máquinas com essas lentes precisam ter algum sistema de estabilização de imagem. Esqueça os outros números e se preocupe apenas com o fator de zoom (3x, 5x, 12x, etc). Lembre também de conferir se o Zoom é ótico, só esse vale a pena. Zoom digital é inútil e deve ser desconsiderado.
3. A Sony e a Panasonic produzem câmeras com lentes de marcas conhecidas e com tradição. Carl Zeiss e Leica são nomes a se considerar na hora de analisar a lente.
Resolução
A resolução é definida em megapixels. Ela diz a quantidade de informação que o sensor é capaz de captar. 5 megapixels é o bastante. Após os 5 megapixels os arquivos aumentam muito de tamanho e ficam mais difíceis de armazenar, exigem cartões maiores e computadores com mais memória.
Portanto, se você não é profissional, não há necessidade alguma de câmeras com mais de 5 megapixels. Normalmente não temos opção mesmo, o padrão do mercado está se estabilizando em 7 megapixels, e acabamos comprando mais do que precisamos.
Modos de exposição
Se você tem intenção de um dia aprender a usar todo o potencial de sua câmera e melhorar as fotos, procure câmeras que possuam modos de exposição manuais. Eles dão mais controle as fotos e geralmente estão presentes em câmeras um pouco melhores. Depois é só aprender como usá-los, outra longa conversa.
ISOs
O ISO nas câmeras digitais é equivalente a ASA dos filmes. Quanto maior o ISO, mais sensível o sensor fica a luz. Isso em muitos casos elimina o uso do flash e possibilita fotos em condições de luminosidade ruim.
As câmeras mais antigas possuíam ISOS que variavam de 100 a 400. A qualidade da foto em ISO 400 caía muito e era quase inutilizável, ficando cheia de pontinhos coloridos (NOISE). As câmeras mais modernas lançadas no final do ano passado e começo desse ano já possuem ISOs até 1000 ou 1600. Isso possibilita muito mais luminosidade e mais qualidade nas fotos em ISOs baixos como o 400 e o 100.
Pesquise o intervalo de ISOS na sua câmera…isso pode ser uma ótima vantagem.
Extras
Algumas máquinas possuem extras muito interessantes. Como modelos da Olympus e Pentax que são a prova d’agua. É possível levar ao mar, piscina, etc. Elas chegam a resisitir até 10 metros de profundidade e também são bem protegidas contra qeudas, poeira, etc. Acho isso muito divertido. Quando for comprar uma máquina compacta para mim, vou querer uma dessas.
Outra função interessante é o estabilizador de imagem. Com nomes como Mega OIS, Shake Reduction, IS, etc, eles ajudam bastante evitando fotos tremidas e borradas. Ajudam também a fotografar sem flash cenas paradas.
Dicas Gerais
1. Não esqueça de verificar peso, tamanho, e testar as câmeras, segurando e sentindo como se adaptam a sua mão. Câmeras muito grandes e com lentes maiores tendem a virar verdadeiros “trambolhos” e você acaba deixando em casa, precisa gostar muito de fotografia para carregar uma dessas. Câmeras pequenas e finas demais são desconfortáveis de usar, fica ruim até de apertar o botão de liga e desliga.
2. As marcas Canon, Nikon, Pentax, Olympus e Sony tem mais tradição no mercado e produzem câmeras melhores.
3. Também verifique tipos de bateria e cartões de memória. Algumas marcas como a Olympus, por exemplo, utilizam cartões mais difíceis de achar no mercado e mais caros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário