terça-feira, 9 de junho de 2009

O Que é Fotografia


Foto Cristiano Burmester Focus Escola de Fotografia
LUZ E FOTOGRAFIA

Em Grego, Foto quer dizer luz. Grafia, escrita. Dentro desse conceito etimológico, fotografia significa escrita com luz ou escrever com a luz. Ou seja, a habilidade do fotógrafo em manejar a luz é crucial para o bom resultado de uma foto.

Uma Imagem fotográfica é basicamente formada por micro pontos agrupados, chamados de grãos, daí o termo “granulação da imagem”, que veremos mais adiante. (olhando uma fotografia com uma boa lente poderemos enxergar os micro pontos).

O motivo (pessoa, paisagem, objeto) a ser fotografado é iluminado por uma quantidade de luz, essa luz é refletida através da objetiva, a qual por sua vez, através das lentes, realiza correção das cores e granulação da imagem refletida até sua impressão no filme, este situado no interior do corpo da câmara
.
Ao fotógrafo interessa em especial, a “qualidade” e a “cor” da luz, a luz pode ser dura ou suave.
  
A primeira é uma luz direta que vem de uma só fonte (ex.: sol, flash) e acentua as sombras e os detalhes dos objetos.
  
A luz suave (ex.: dia nublado, difusores, etc) é indireta e dá sombras delicadas e zonas de penumbra, sendo muito adequada para o retrato. A cor da luz depende da hora do dia: é alaranjada ao amanhecer e ao pôr-do-sol, e branca nas horas centrais do dia.
  
O flash emite uma luz branca e dura semelhante à luz solar.

A luz pode ser:

Natural - luz do sol (aumenta o contraste das cores e acentua as sombras)
Artificial - luz incandescente de tungstênio, fluorescente, flash etc. 

 
A luz que sensibiliza o filme é refletida pelo assunto fotografado. Portanto, observe com cuidado a maneira pela qual o assunto está refletindo a luz.

Os objetos polidos e brilhantes produzem fortes reflexos, que podem comprometer a qualidade da foto. 
As áreas com diferenças de iluminação, isto é, partes com muita reflexão de luz - ou muito claras - e partes com pouca reflexão - ou muito escuras - resultarão em fotos muito contrastadas.

Procure manter sempre uniformidade de iluminação no motivo a ser fotografado.

Os controles da câmera que influenciam na luz que chega à película são o diafragma e o obturador. (ver câmeras reflex)
.
Nas câmeras que dispõem de regulagem manual, a relação entre esses controles constitui a arma mais importante do fotógrafo para obter boas imagens.

Tudo o que a câmera registra se deve à luz, natural ou artificial, como já vimos a própria palavra “fotografia” significa “escrever com a luz” é um conceito tão óbvio que costuma ser esquecido, causando decepções entre os amantes da fotografia.

Luz de tungstênio e fluorescente (cor da luz):

Lâmpadas comuns, de tungstênio, (aquelas caseiras, redondas, não as fluorescentes) apesar de não apresentarem diferença alguma para os nossos olhos, na fotografia fornecem uma tonalidade alaranjada forte, desagradável para muitos assuntos.

Isso acontece porque o filme utilizado pela maior parte das pessoas, o daylight (luz do dia), é balanceado para a luz do dia que apresenta uma temperatura diferente das lâmpadas de tungstênio.

Embora muitas pessoas gostem dessa tonalidade alaranjada, fugir delas é simples. Há duas opções: adquirir um filme balanceado para esse tipo de luz (possui um T no nome), ou então, acoplar um filtro azul da série 80, que dependendo da potência pode suavizar ou anular a tonalidade alaranjada. Caso não possua nenhum dos dois, bata a foto assim mesmo. 

O importante é não perder o clique!.

As lâmpadas fluorescentes dão uma tonalidade mais artificial à fotografia, num tom esverdeado e não alaranjado. A melhor maneira de produzir belas fotos em ambientes iluminados com lâmpadas fluorescentes, é a utilização de um filtro FL-D (fluorescent day-light), ele reduz a tonalidade esverdeada, dando uma aparência mais natural à cena e um resultado muito mais agradável, seja qual for o assunto.

Como geralmente as pessoas costumam utilizar o flash para fotos em ambientes internos, não se nota as tonalidades de cores acima descritas, pois o clarão do flash elimina a iluminação ambiente. 

O resultado alaranjado ou esverdeado poderá ser conseguido se você realizar uma fotografia em ambiente interno iluminado artificialmente, durante à noite, utilizando a regulagem do diafragma  com uma baixa velocidade de disparo, geralmente aquela indicada pelo fotômetro, no modo manual da câmera, sem utilizar o flash sincronizado.

O Filme fotográfico

Os filmes funcionam basicamente da seguinte forma em relação à luz: Há uma base de acetato na película, revestida por uma emulsão sensível à luz. Essa emulsão é composta por partículas de sal de prata e outros componentes.

Quando a luz chega no filme, ela modifica a estrutura química das partículas, criando um registro invisível do motivo, chamado de imagem latente, este registro se torna visível quando exposto aos produtos químicos da revelação.

O processo de sensibilização da prata do filme em reação à luz é semelhante ao que ocorre em uma bandeja de prata que escurece sob a ação da luminosidade ambiente.

A sensibilidade de um filme é sua capacidade de reagir ante a luz. É indicada de acordo com seu número ISO (25, 50, 64, 100, 200, 400, 800, 1600, etc). A sigla ISO indica a intensidade de luz que o filme precisa receber para que as imagens fiquem bem expostas.

Um filme muito sensível tem o poder de, com pouca luz ou com uma exposição muito rápida, dar um bom negativo, enquanto o filme de pouca sensibilidade necessita de luz mais intensa ou de exposição mais prolongada para proporcionar os mesmos resultados.

Em linhas gerais, quanto maior o ISO de um filme, mais sensível à luz ele será, ou seja, um filme de ISO 400 precisa de menos luz do que um de ISO 100 para ser sensibilizado.

Pela Regra, o filme de ISO 50 requer o dobro de luz ou o dobro do tempo de exposição do filme de ISO 100 para produzir um negativo correto, o de ISO 100 requer o dobro do ISO 200, o de ISO 400 é quatro vezes mais sensível que o ISO 100 e assim por diante.

A sigla ISO vem do inglês International Organization for Standardzation, substituindo as antigas medições ASA (American Standards Association) e DIN, do alemão, Deutsche Industrie Norme, padronizando mundialmente os filmes fotográficos para ISO.


 
ISO/DIN representado em uma caixa de filme fotográfico

A Sensibilidade do filme e a qualidade da imagem estão intimamente relacionados, além da sensibilidade, os filmes diferem na maneira como são feitos. Os mais sensíveis possuem cristais de haletos de prata maiores do que os de baixa sensibilidade, criando uma diferença na granulação da imagem. 

Os filmes mais rápidos são mais granulados e possui uma distribuição de grãos menos homogênea do que os lentos. Atualmente, por conta de avanços tecnológicos, já existem filmes de ISO alto com grãos mais organizados, garantindo melhor definição de imagens.
 
“O código DX”

Após a automatização das câmeras fotográficas, o ajuste manual do ISO do filme viu-se substituído pelo “código DX”. 

O código DX é formado por duas colunas de quadrados, prateados e pretos, impressos no carretel do filme. A coluna mais próxima da entrada do carretel informa ao fotômetro embutido a sensibilidade do negativo; a outra coluna passa dados sobre o comprimento do rolo (quantidade de chapas) e a latitude da emulsão.

Os diversos valores se expressam por meio do diferente arranjo geométrico dos quadrados prateados e pretos, os primeiros deixam passar a corrente elétrica e os pretos não. A câmera dispõe de contatos capazes de detectar os quadrados, além de circuitos que modificam os mecanismos de controle para adaptá-los ao filme que foi carregado na máquina.

Bobina de filme na qual se pode visualizar o código DX.
 
A classificação dos filmes pela sensibilidade é:

Filmes muito lentos............................................de 6 a 25 ISO
Filmes lentos..................................................de 25 a 64 ISO
Filmes de sensibilidade média..................................de 80 a 200 ISO
Filmes rápidos.................................................de 400 a 1000 ISO
Filmes muito rápidos...........................................de 1600 a 3200 ISO

Comumente utiliza-se uma pequena variante para a classificação: fala-se de sensibilidade baixa, média e alta como sinônimos das expressões agrupadas acima.

Em cada grupo existem negativos tanto para preto e branco como para cores, embora no primeiro e no último grupo - ou seja, o dos filmes lentos e dos muitos rápidos - as possibilidades de escolha sejam mais limitadas.
Em termos amplos, pode-se dizer que existe um negativo para cada tema. De acordo com as classificações convencionais, as combinações mais habituais são a seguinte:

Filmes lentos:  objetos e naturezas-mortas, paisagens.
Filmes de sensibilidade média:  objetos, paisagens e retratos.
Filmes rápidos:  reportagem e esportes.
 
O uso do tripé é imprescindível para a utilização dos filmes lentos.

SENSIBILIDADE LENTA (DE 25 A 64 ISO)

Vantagens:
- Proporcionam bom detalhamento, nitidez e grão muito fino.
- Com os negativos em cores desta categoria obtêm-se boa saturação.
- Permitem ampliações de grande formato sem perda visível de qualidade.
Inconvenientes:
- Por causa da baixa sensibilidade, o tempo de exposição aumenta e às vezes se torna indispensável o tripé para evitar vibração da câmera.
- Propiciam maior contraste, o qual pode representar um problema quando se usa esses filmes com uma iluminação já contrastada.

SENSIBILIDADE MÉDIA (DE 80 A 200 ISO)

Vantagens:
- Graças a versatilidade, servem para quase todos os temas.
- Mantêm uma boa relação entre o grão, a nitidez e a saturação das cores.
- Dentro desse grupo, algumas marcas oferecem diferentes qualidades de negativos em cores, preparados para paisagem, retratos, etc.
Inconvenientes:
- Por ficarem no meio termo, esses filmes quase não apresentam desvantagens, exceto no caso de luz muito precária, em que o trabalho fica bastante dificultado.

SENSIBILIDADE RÁPIDA (DE 400 A 1000 ISO)

Vantagens:
- Permitem trabalhar sem tripé em condições de luz precária.
- São adequados para fotos de turismo e viagens, ou quando as condições do clima se tornam desfavoráveis.
- Facilitam o congelamento do movimento em fotografias de ação.
Inconvenientes:
- Tem um grão muito grosso que limita a possibilidade de apreciar vários detalhes do tema (embora os modernos de 400 ISO já apresentam boa qualidade).
- Com eles se obtêm fotografias menos contrastadas e, por vezes, conferem um aspecto plano e pesado à imagem, quando a cena original também apresenta pouco contraste (caso de dias nublados).
- Com os filmes em cores, a saturação destas deixa a desejar.
Existe ainda o filme para “Slide, aqueles que se vê em projetores de slides dentro de uma moldurinha, ou naqueles antigos binóculos”, são denominados de positivos ou cromos.
Ele garante uma definição melhor às imagens, oferecendo mais precisão nos detalhes e nas cores, é por isso, o preferido no uso profissional, são ideais para grandes ampliações e aplicação em fotografias de produtos. Sua sensibilidade varia de ISO 50 a 1600, mas não nos apegaremos a eles nesta matéria, já que seu uso pelo fotógrafo amador é muito raro.

Só para conhecimento, há também os filmes infra-vermelhos, estes produzem resultados surpreendentes ao alterar a escala tonal, na fotografia preto e branco e a escala cromática, no caso das cores. Esse filme costuma exigir filtros, sendo três os mais habituais: o infravermelho, o vermelho e o amarelo. Mas também não abordaremos esse assunto, haja vista ser um filme quase não utilizado.

O Filme

O Preto e branco

Ainda que rejeitado pela maior parte dos fotógrafos, esses filmes têm lugar garantido no coração de alguns usuários.

A falta de cor, por exemplo, que para alguns é um grande prejuízo, para outros é um benefício imenso, uma vez que leva o olhar diretamente para o assunto principal da cena - motivo pelo qual esses filmes são tão usados para reportagens.

Por não possuir cores para dispersar a atenção de quem vê a foto, as imagens monocromáticas (P&B) acabam concentrando toda a atenção do leitor na textura, na forma e no contraste da cena.

Com o filme P&B a aparência da cena pode ser modificada ( escurecidas, clareadas, acentuar ou diminuir o contraste, tonalizadas com uma leve camada de cor, etc) em um laboratório, que o próprio fotógrafo pode montar em sua casa e com pouco dinheiro, mesmo que não tenha experiência alguma.

A utilização de filmes P&B não têm segredo algum, sendo utilizadas as mesmas regulagens da câmera nos filmes em cores. 

Abaixo alguns tipos de filmes P&B bastante utilizados:

* Kodak T-MAX - ISO 100 e 400 
* Fuji Neopan 400 
* Fuji Neopan SS ISO 100 
* Ilford HP5 ISO 400 
* Ilford Delta 400 
 
O preto e branco em Minilabs
“Revelação em 1 hora”
 
Fotos P&B sempre foram sinônimo de caras e demoradas revelações manuais. E, justamente por isso, muita gente acaba desistindo delas.

Felizmente para o fãs deste tipo de fotografia, já é possível contornar esse problema.

Os filmes 35mm: XP2 Super da Ilford e T400 CN da Kodak, utilizam o processo de revelação C-41, o mesmo dos filmes negativos coloridos e por isso podem ser levados para qualquer laboratório “uma hora”, inclusive sendo ampliados em papel para cópias coloridas.

Além disso, ambos são ISO 400, o que garante a versatilidade em diferentes condições de luminosidade.

 
Conheça alguns dos formatos de filmes mais utilizados:

 

  
O filme 135
 
Tem 35 mm de largura e perfurações dos dois lados. Com este filme se obtêm negativos de 18 X 24 mm ou de 24 X 36 mm. Esses últimos, os mais usados, são conhecidos também como negativos de uso universal. O 135 é comumente vendido em rolos com 12, 24 ou 36 chapas.
 
O filme 120
 
Película sem perfurações, de 6 cm de largura. Serve para quatro tamanhos de negativos, sendo o 6 X 6 e o 6 X 7 cm os mais utilizados.
Esta película é utilizada nas câmeras de médio formato.

Os filmes fotográficos se distinguem por três características básicas: o formato, o tipo e a sensibilidade.

O formato se refere tanto à largura da película como às perfurações das bordas, sendo representado por um número.

Quanto ao tipo, os filmes podem ser para cores ou para preto e branco, para amadores ou profissionais e para negativos ou diapositivos (slides), estes últimos destinados à projeção sobre uma tela e usados preferencialmente para impressão gráfica.

Quanto à sensibilidade, já tratamos do assunto no início desta matéria.

Os filmes são divididos em “para amadores e para profissionais”, os filmes para amadores são comumente encontrados em qualquer loja de equipamentos, já os profissionais, por custarem um pouco mais caro, só são encontrados em lojas especializadas.

Para retratos (book) e fotografias de casamentos são recomendados filmes profissionais, pois possuem melhor definição das cores, principalmente nos tons de pele.

Os filmes profissionais devem ser levados para revelação em laboratórios profissionais, pois os minilabs só servem para filmes amadores.

As Objetivas

As características principais das objetivas são: a distância focal, o ângulo de cobertura e a luminosidade.
Para formar uma imagem do tema, as objetivas fazem com que os raios de luz se “entortem”, ou sofram refração.
 
A distância focal, que se expressa em milímetros, mede a capacidade da objetiva para refratar os raios luminosos, mas ao fotógrafo interessa, mais do que a distância focal em si, o efeito que esta tem sobre as características finais da imagem.

As objetivas são conhecidas, conforme sua distância focal, como:

Objetivas normais: São as que possuem distância focal aproximadamente igual a diagonal do negativo, captam uma imagem semelhante à que a vista humana percebe. A objetiva normal mais utilizada é a de 50mm.

Objetivas grande-angulares: Possuem distância focal inferior à medida da diagonal do negativo e projetam sobre o filme imagens menos ampliada que a objetiva normal e assim incluem cenas maiores, maior ângulo de cobertura. As mais utilizadas são as de 24mm, 28mm e 35mm.

Teleobjetivas: Possuem distâncias focais superiores à medida da diagonal do negativo e projetam sobre o filme imagens mais ampliadas, por que captam uma cena mais reduzida.

Zoom: As lentes zoom podem abrir-se para aumentar a distância focal ou fechar-se para diminuí-la. O padrão universal é uma zoom de 35-105 mm que atua como grande-angular, normal e tele, enquanto uma zoom de 70-200 mm funciona sempre como teleobjetiva.

Tele-zoom

Macro: Essas se destinam a trabalhos a pequena distância, por exemplo, desde 50 cm a poucos milímetros de distância do tema, quando não é possível conseguir foco com as objetivas comuns. Empregam-se objetivas macro para fotografar temas muito pequenos, como insetos, flores, moedas, etc.

Olho-de-peixe: Essa é uma objetiva grande-angular capaz de cobrir 180 graus ou mais, em compensação, introduz grandes deformações na imagem. Há dois tipos: a grande- angular extrema e a verdadeira olho-de-peixe.
A primeira tem, como padrão universal, 17 mm de distância focal e abrange até 180 graus, cobre o negativo completo, mas as linhas retas aparecem curvadas. A olho-de-peixe verdadeira imprime sobre o negativo uma imagem circular, cobrindo de 180 a 220 graus, costuma ter entre 6, 8 ou 12 mm.

Resultado de uma fotografia obtida com a objetiva olho-de-peixe:



A olho-de-peixe é uma objetiva cara, mas tem diversas aplicações técnicas e criativas. Ela é indicada para temas como a paisagem, a arquitetura e os esportes, não é indicada para o retrato nem para a natureza-morta. Angulações oblíquas da câmera, elevadas ou baixas, acentuam ainda mais a distorção do tema.

Luminosidade: chama-se luminosidade de uma objetiva o número do diafragma mais aberto de que ela dispõe. O valor da luminosidade e a distância focal aparecem gravados no anel da objetiva. As objetivas zoom são menos luminosas que as de distância focal fixa.

Ângulo de cobertura: É aquele formado pelo centro da objetiva e as laterais da cena fotografada. O ângulo de cobertura indica a amplitude da cena projetada pela lente sobre o filme.

Pode-se afirmar que a parte mais importante de uma câmera é a objetiva e por isso sua escolha é da máxima importância.

Acoplamento das Objetivas na câmera:

   
Montagem em baioneta
 
Montagem em rosca

Conforme se verifica nas imagens acima, com exceção das  reflex com duplas objetivas, os restantes dos modelos monoreflex, com objetivas intercambiáveis, empregam dois tipos de montagem das lentes: em baioneta ou em rosca.

Há muita diferença entre as objetivas encontradas no mercado, apesar de serem extremamente parecidas. O processo de fabricação, a qualidade, o funcionamento, a durabilidade, a precisão ótica e, claro, o preço, variam conforme a marca e modelo.

As mais baratas são produzidas com lentes e componentes mais simples, já as mais caras recebem componentes de melhor qualidade, lentes com tratamento e materiais especiais, além de ser mais luminosas, porém, devido ao avanço tecnológico, são poucas as objetivas atuais que podem ser consideradas ruins.

Na parte frontal das objetivas pode-se conferir a potência e a abertura máxima:

Os primeiros números, ou seja 28-70, indicam uma medida em milímetros e se referem à distância focal da objetiva, (no caso acima, uma objetiva zoom de 28 a 70 mm). Já os números seguintes: 3,5-4,5, indicam as aberturas máximas do diafragma da objetiva. Portanto, quando a objetiva se encontra na distância 28 mm, a maior abertura do diafragma será f/3,5 e se estiver em 70 mm, será f/4,5.

As objetivas fixas, aquelas que não são zoom, apresentam apenas um número de distância focal (Ex.: 50 mm) e abertura máxima que não se altera.

O Flash

 
O pequeno flash embutido nas máquinas atuais são bastante úteis para uma distância máxima de até quatro metros – ou um pouco mais, no caso se usar filme ISO 400 – Também mostra eficiência quando usado como fill-flash (luz de enchimento) para clarear assuntos sombreados ou na contra-luz (veja exemplo abaixo). A regulagem é automática tanto da máquina quanto do flash, para evitar o fundo escuro.

Mas não há nada que substitua um flash bem mais potente encaixado sobre a máquina.

Os recursos de um flash dependem em boa parte de sua potência, a qual se mede em joules (J), unidade elétrica equivalente ao consumo de 1 watt durante 1 segundo.

Os flashes podem ser de lâmpadas ou eletrônicos. Os primeiros praticamente desapareceram do mercado.
Os flashes eletrônicos se classificam segundo a sua potência, da menor para a maior potência, podem ser: para amadores, recarregáveis, compactos e de estúdio. Merecem também especial atenção os flashes automáticos.

Os flashes externos possuem um número denominado: Número Guia (NG), através deste número se calcula a regulagem a ser utilizada nos flashes eletrônicos manuais, para uma correta exposição.

Cálculo do número guia (NG):

O número guia é um índice do flash que depende de sua potência e da sensibilidade do filme empregado. Obtém-se o NG multiplicando a distância da cena pelo diafragma necessário para conseguir a exposição correta. Por exemplo, se com determinado flash se usa um diafragma 8 para um tema situado a 3 m, o NG do flash para o filme utilizado é de 3 X 8 = 24, porém, normalmente o usuário já conhece o NG de seu flash, que pode vir indicado em uma tabela impressa no acessório ou em seu manual facilitando assim o cálculo do diafragma.

Exemplo: se o seu flash possui o número guia 22 para um filme de ISO 100 e o tema a ser fotografado está a uma distância de 2 metros:

Ficará assim: 22/2 = 11

O diafragma utilizado para a foto será f=11

Lembre-se, para cada sensibilidade (ISO) de filme, deve-se verificar o NG indicado no manual de instruções do seu flash para se calcular o diafragma a ser utilizado, nunca se esquecendo, também, de usar a velocidade de sincronismo do flash com a sua máquina, a qual é indicada no manual de instruções da câmera fotográfica, ou no próprio seletor de velocidades da câmera, geralmente com a letra “X” ao lado do número indicador de velocidade de exposição. 

Toda câmera possui uma velocidade de sincronismo com o flash, a qual nunca poderá ser superior a indicada, para se obter uma foto perfeita, no entanto poderão ser utilizadas velocidades “inferiores” à indicada pela sua máquina fotográfica, sem problemas.
Os flashes embutidos das câmeras automáticas não necessitam qualquer regulagem.
 
Há também os flashes chamados inteligentes, “TTL (through the lens)” que fazem a leitura através da lente, custam um pouco mais caro, mas são equipamentos excelentes, indicados principalmente para as câmeras reflex automatizadas, estes também fazem todo o trabalho de regulagens sozinho.

 
Deve-se procurar usar o flash em cenas de um só plano (o tema e plano da câmera em paralelo), pois se as pessoas e os objetos aparecerem em perspectiva, o resultado não será satisfatório, pois o motivo mais próximo à câmera ficará mais ou muito mais iluminado que os motivos mais distantes. 

Para macro fotografias (fotografar pequenos objetos a curta distância), é utilizado um flash anular ou circular, que é encaixado na parte dianteira da objetiva, este possui menor intensidade de luz e ilumina o motivo uniformemente.

Flash anular para macrosFlash anular acoplado
 
Reflexos - Preste atenção quando houver fundos brilhantes ou óculos na cena, pois produzirão brilhos desagradáveis quando o flash estiver apontando diretamente para eles. Coloque-se em ângulo quando fotografar com fundos tais como: espelho, vidraças ou revestimentos brilhantes, para que o clarão do flash não retorne à máquina. Peça às pessoas com óculos para virar um pouco a cabeça ou tirar os óculos.

Olhos vermelhos - Os olhos de algumas pessoas (e dos animais) podem refletir a luz do flash com um brilho vermelho. Para evitar este reflexo interno do olho, acenda todas as luzes do aposento - a maior luminosidade ajudará a diminuir o tamanho da pupila. Além disso, se for possível, aumente a distância entre o flash e a objetiva da câmara. Em algumas câmaras é possível usar um extensor para o flash. Finalmente, afaste-se, nos limites permitidos pelo flash, para que os reflexos fiquem menos intensos. Os flashes de cabeça móvel permitem ser apontados e a luz rebatida no teto ou em um rebatedor, o que certamente eliminará o efeito “olhos vermelhos”, porém deve-se atentar para o local onde será rebatido, pois a cor do rebatedor (parede, teto, papel, etc) refletirá na dominante de cor da imagem.

Manuseio e cuidado - Os piores inimigos de um flash eletrônico são pilhas gastas e uso esporádico. Particularmente no caso dos modelos recarregáveis é importante fotografar com flash todos os meses. O ideal é tirar as pilhas e guardá-las em local arejado e fresco. Assim, você aumenta a duração das pilhas e protege os contatos do flash. Tire as pilhas com o flash ligado e com carga total nos capacitores, para proteger o flash enquanto estiver guardado. Ao usar novamente, coloque-as no flash e prepare o capacitor disparando o flash, manualmente, várias vezes. Lembre-se que as pilhas fracas podem diminuir a vida de seu flash.

O flash também é muito útil quando utilizado como “luz de enchimento” durante um retrato sob luz do sol, o qual causa sombras acentuadas no rosto da pessoa fotografada. Utilizando a regulagem da máquina para a luz ambiente e acionando o disparo do flash em concordância obtemos um ótimo resultado, como podemos ver no exemplo abaixo:

 
A correta utilização de flashes é um pouco complexa e exige muito treino e conhecimento, portanto leia bastantes matérias sobre o assunto, faça testes e compare o resultado. Um flash pode resolver aquele problema de pouca luz para uma fotografia, porém, seu uso pode mudar o contraste da cena, modificar a atmosfera e produzir sombras desagradáveis no motivo ou em seu entorno. Mas é também um recurso que, se utilizado corretamente, permite obter resultados magníficos.

Posicionamento e direção do flash:

O posicionamento e a direção do flash podem ser muito variados, mas sempre têm relação com os seguintes parâmetros:

* Direto sobre a câmera  (produz iluminação dura e frontal)
* Direto e de um dos lados da câmera  (produz iluminação dura e frontal-lateral)
* Rebatido no teto  (produz iluminação difusa sem sombras acentuadas)
* Rebatido em uma superfície lateral  (mesmo resultado da anterior)
 
Observando que para a utilização do “flash rebatido”, deve se observar a cor da superfície rebatedoura e a distância em que se encontra da unidade de flash, conforme o caso, convém aumentar a abertura do diafragma em 1 ou 2 pontos para compensar a dispersão da luz do flash. É uma técnica excelente para o “Retrato”.

O flash rebatido com enchimento:

O flash pode ser utilizado em múltiplas situações e com diferentes finalidades: como luz principal, de efeito, de enchimento, etc.

Essas possibilidades aumentam ou diminuem conforme a potência e  versatilidade da unidade de flash. 
Os flashes que possuem uma gama maior de possibilidades são os de dois tubos (veja figura abaixo), neles, o refletor superior, mais potente, é orientável e permite direcionamento para o teto ou para um anteparo rebatedor, acima ou ao lado do flash, abaixo, no corpo da unidade, há um pequeno flash que emite uma luz frontal, mais fraca, produzindo um resultado intermediário com relação ao flash direto e o refletido somente no anteparo rebatedor, melhorando a qualidade de iluminação no motivo, isso é, se este for o interesse do fotógrafo.

Lembrando que, qualquer modificação no direcionamento da luz do flash (frontal, lateral, rebatida, com filtro difusor, etc.) altera a cor e o ambiente da cena a ser fotografada, cabendo ao fotógrafo escolher a melhor opção para a sua fotografia e o real motivo de sua utilização.

Enquadramento e composição

Compor com a câmera:

Em fotografia, compor consiste em dispor os elementos num determinado espaço. A composição é um recurso artístico e expressivo dos mais importantes para dar força à foto.

Por meio da composição, pode-se provocar sensações e sentimentos, isso significa que, para fazer boas fotografias deve-se ter, além de conhecimentos técnicos, certa sensibilidade estética, ambos se conseguem com estudo, trabalho e disciplina, os quais, por sua vez são parte de um árduo treinamento.

Nas fotografias de esportes ou de ação é exigido do fotógrafo uma reação rápida ante certas situações, enquanto as naturezas-mortas, o retrato ou mesmo a paisagem pedem uma atitude mais calma e meditativa.

É habitual o amador de fotografia abusar de planos gerais que impedem a apreciação de detalhes importantes: por exemplo, a expressão facial das pessoas no momento de uma passeata, ou o portal de uma igreja gótica numa foto mais repousada. Diante de cada tema o fotógrafo deve pensar se convém destacar certos detalhes.
Enquadrar é determinar através do visor os limites que irão demarcar o tema da foto. É um modo de “isolar” o tema do contexto que o rodeia, decidindo o que deve e o que não deve aparecer.

Deve-se prestar especial atenção para que o tema escolhido esteja bem situado no quadro e com algum espaço de sobra entre a imagem e os limites do visor, a fim de evitar que pessoas, por exemplo, saiam com os pés ou a cabeça cortados.

O centro de interesse:

Denomina-se centro de interesse o elemento que mais se destaca, ou se deseja destacar em uma fotografia. Pode ser uma pessoa, um animal, um objeto, um edifício, um monumento ou, simplesmente, uma parte do cenário.

O centro de interesse fotográfico se estabelece por meio de uma composição que “obriga” a vista do observador a concentrar-se nesse motivo principal. Uma vez definido pelo fotógrafo, o centro de interesse não precisa necessariamente situar-se no centro da imagem nem no primeiro plano, o aproveitamento dos elementos que integram o entorno do motivo é de grande valia para fixar nele o centro de interesse.
A criatividade do fotógrafo é essencial tanto para escolher o tema principal como para definir seu enquadramento e composição.

No retrato, ao realizar uma foto de busto ou de meio corpo da pessoa fotografada (exemplo de foto de busto é a conhecida 3X4 para documentos), recomenda-se utilizar a máquina em posição vertical, para que todo o quadro fique ocupado pela imagem, já em uma foto de uma pessoa caminhando ou correndo, é aconselhável utilizar a posição horizontal de maneira que sobre mais espaço diante do motivo, situando-o na cena.

Cuidado ao fotografar pessoas, sempre que for realizar fotografias próximas ao modelo, procure enquadrar realizando o corte da imagem da pessoa a ser fotografada preferencialmente nas juntas dos cotovelos, joelhos e quadris, nunca corte as mãos, os pés, a canela e principalmente a cabeça.

A fotografia também é um meio de expressão e comunicação, onde através de uma imagem o fotógrafo transmite um sentimento ou um acontecimento, portanto a composição, o enquadramento, a perspectiva (Ex.: sensação de profundidade, sensação de altura, sensação de grandeza na imagem fotografada), devem ser observados criteriosamente, a fim de que a fotografia possa transmitir uma mensagem para quem a observa. Vemos em fotos de publicidade que muitas imagens parecem “falar” com o espectador, não precisam conter mensagens escritas, só a imagem já é suficiente para se saber do que se trata.

A Regra dos terços:

O conteúdo expressivo de uma fotografia está relacionada com a organização dos elementos que nela figuram, isto é, com a composição. Uma foto é mais interessante quando seus elementos estão situados de modo harmonioso dentro do quadro.

Uma das fórmulas eficazes para organizar a composição de um tema consiste em aplicar a regra dos terços (terças partes). Para tanto, divide-se mentalmente a imagem em terços, traçando linhas no sentido horizontal e vertical. As interseções (junções) dessas linhas são os pontos de maior interesse e impacto visual. 

Enquadrar o tema principal em uma interseção ou em um lado dela (acima ou abaixo do formato) é mais interessante do que situá-lo no centro do quadro. 

Nas fotos de paisagem, o horizonte no terço superior ou inferior resulta mais sugestivo do que se aparecer na faixa central. 

Emoldurar o tema também é importante, você pode utilizar algo que estiver ao lado do motivo principal ou no primeiro plano para atuar como uma “moldura” no enquadramento, como podemos ver na imagem abaixo, a utilização dos coqueiros utilizados como “moldura”, já em um retrato podemos utilizar uma janela, um batente de porta, etc. Aqui vale a criatividade do fotógrafo.

Essa regra é válida para todos os formatos de imagens: horizontal, vertical ou quadrado.

 
Observe que a linha do horizonte foi situada no terço inferior dando um clima mais harmonioso à imagem e os coqueiros nos terços laterais, emoldurando o tema (pôr do sol).
 
Nunca se esqueça de “situar” o tema principal na cena, de modo que a imagem se torne sugestiva, às vezes, o tema situado em um dos cantos da foto ficará mais interessante do que no centro dela.

Nas fotografias de paisagem deve-se tomar cuidado em especial, para que a linha do horizonte não fique torta, “inclinada”, dando a impressão que tudo o que há na cena irá cair.

Composição e Perspectiva:

A composição e a perspectiva formam uma dupla difícil de separar. Tanto na fotografia como no desenho, a perspectiva é a forma pela qual os objetos são representados no espaço em termos de profundidade.

O realismo de uma fotografia está muito ligado a como se representou a perspectiva, se esta se reproduz de maneira fiel e correta, a foto tem maior capacidade para transmitir a realidade, porém nem sempre o fotógrafo procura essa ilusão, há casos em que ele precisa de imagens planas, sem nenhuma sensação de profundidade.

A perspectiva serve para cativar a atenção do observador desde o primeiro plano até o infinito.

Pontos de Fuga:

O ponto de fuga é o lugar para o qual convergem todas as linhas retas que seguem uma mesma direção.

Conforme este se desloque para cima ou para baixo, o ponto de fuga aparece mais ou menos distante. Isso quer dizer que, de acordo com a posição do horizonte, a sensação de perspectiva diminui ou aumenta, pois é ali que se encontram os pontos de fuga.

Veja nas fotos abaixo como são dadas as perspectivas de acordo com os pontos de fuga. Principalmente em fotos de paisagens a utilização da perspectiva é fundamental para embelezar um tema.
 

Um dos grandes recursos de que dispõe o fotógrafo para controlar a perspectiva é o ponto de vista, com ele, se potencializa ou enfraquece a sensação de profundidade, ao mudar a relação entre o tamanho real e a proporção dos elementos que compõem uma foto. Pode-se comprovar isso através do visor, quando nos aproximamos ou afastamos dos motivos. Se a câmera está mais perto do tema, este ganha importância e se destaca do fundo, se ela está longe, o tema diminui e tende a confundir-se com o fundo.

Tabela de filtros

Esta é a Tabela de alguns filtros utilizados para filmes coloridos e preto-e-branco. Os filtros são rosqueados na parte dianteira da objetiva da câmera fotográfica.

Antes de adquirir um, saiba qual o efeito que ele produz:


 
 
FILTROS PARA FILMES COLORIDOS:

 
Skylight

1.Absorvem os raios ultra-violetas do sol e alguns raios azuis, evitando que a foto pareça excessivamente azulada. Permanentemente acoplado serve como protetor da lente da objetiva.
85ª

85B
Coral tipo A (âmbar)
 
Coral tipo B (âmbar)
2.2

2.2 85ª - Compensa o filme tipo A (3400° K) para uso na luz do dia. Sem o filtro a foto ficará excessivamente azulada.
85B - Converte o filme tipo B (3200° K) para uso na luz do dia. Sem o filtro a foto ficará muito azulada.
80ª

80B Azul Escuro
 
Azul Crescente médio 3.2

3.0 80ª - Compensa o filme tipo luz do dia para fotos sob luz incandescente a 3200° K ou lâmpadas domésticas comuns. Sem o filtro a foto ficará muito alaranjada.
80B - Converte o filme tipo luz do dia para fotografias sob lâmpadas a 3400°K, tais como lâmpadas foto-flood. Sem o filtro a foto fica bastante avermelhada.
81ª

81B Coral claro amarelado (âmbar)
 
 
Coral claro (âmbar)

1.2 81ª - Compensa o filme tipo B para o uso com lâmpadas foto-flood a 3400 K° ou similares, também funciona como um filtro de efeito aquecedor em um dia encoberto, ou para fotos com flash eletrônico. 
81B - Compensa filme tipo A ou B para uso com flash tipo transparente, também funciona como um filtro de feito aquecedor, útil para fotos na sombra ou sombra aberta em dias ensolarados. Melhora as cores em objetos em contra-luz, retro iluminados e sob a luz do sol.
82ª
Azul Claro (morning/evening)
1.5
Compensa filmes tipo A sob luz, com uma temperatura de cor de 3200 K°, tal como lâmpadas domésticas normais. Também usado para compensar a temperatura da cor em condições avermelhada, pela manhã bem cedo ou no final da tarde.

Filtro de Densidade Neutra (ND) é utilizado para reduzir a quantidade de luz sem alterar a versão das cores. Utilizados tanto em filmes coloridos com em PB
O ND2 transmite 50% da luz, o ND4 25% e o ND8 12,5%.
  
ND2 - Cinza Claro
ND4 - Cinza Médio
ND8 - Cinza escuro
2.0
4.0

FILTROS COM EFEITOS ESPECIAIS:

Polarizador (tipo linear) P-L
3.0
O filtro polarizador muda a luz natural para uma condição polarizada ou regula a intensidade de luz polarizada proveniente da rotação do eixo do filtro. Elimina reflexos de superfícies não metálicas, tais como água, vidro, etc, ou luz de céus azuis.
Polarizador Circular PL-C
2.0
É similar ao filtro polarizador comum (linear), exceto pelo fato dos raios incidirem de maneira circular e não linear. Ele elimina possíveis erros de exposição, que podem ser causados pela leve polarização de raios em câmeras do “sistema TTL” utilizando espelhos fixos.
CC F-TB
 
CC F-DL 2.5

2.0
Os filtros CC F-TB e CC F-DL são projetados para serem usados em conjunto com os filmes coloridos tipo Tungstênio (Tipo B) e Luz do dia, respectivamente. Cada tipo reduz o esverdeado comum à iluminação fluorescente e produz resultados naturais agradáveis, especialmente em tons superficiais.
DIFFUSION (Difusor)
1.0
Este filtro é feito de vidro ótico transparente e incolor possuindo uma superfície irregular causada por tratamento especial. A sua refração rápida de luz cria efeitos de focos leves. Particularmente em fotos de mulheres, ele expressa mais eficientemente uma atmosfera delicada de foco leve.

DUTO DIFF-II 1.0
1.0 “DUTO” é um filtro de vidro incolor com círculos concêntricos na superfície, enquanto que o “DIFF-II” possui uma superfície com ondas, para produzir efeitos de foco leve.
CROSS SCREEN - 4X  “Estrela”
CROSS - 6X
CROSS - 8X 1.2

1.2 Adiciona um belo brilho de formato cruzado para destacar uma seção na foto, através de linhas cruzadas desenhadas na superfície, produzindo um efeito de estrela em fontes de luzes. Utilizado para fotografias noturnas.
O 4x produz brilho de quatro pontas, o 6X de seis pontas e assim por diante.
FOGGILIZER (Efeito neblina)
1.0
Cria um efeito de foco suave de neblina, que destaca o jogo sutil de cores. Não é necessária a compensação de exposição ao utilizar o filtro neblinador.
COLOR VIGNETE (Vinheta colorida)
1.0~1.5
Possui extremidades coloridas e centro transparente. Disponíveis nas cores Amarelo (Y-V), Laranja (O-V), Vermelho (R-V), Verde (G-V), Violeta (V-V) e Azul (B-V). Utilizados para fotografias de retratos e paisagens.
DUAL IMAGE (Imagem dupla)
1.0
Filtro com uma metade completamente preta e outra transparente. Projetado para fotografia de múltipla exposição.

1. Gire o filtro para a posição desejada a fim de bloquear uma metade do enquadramento.
2. Tire a primeira foto e sem avançar o filme:
3. Gire o filtro para bloquear a outra metade do enquadramento e tire a segunda foto.

Desta forma você poderá incluir a mesma pessoa, duas vezes na mesma foto. Algumas câmeras não permitem fotografar em dupla exposição, sobre o mesmo quadro da película.
RAINBOW-CIRCLE (Arco-íris circular)
1.2
Ele faz com que os destaques enfocados de um cenário explodam em um espectro de cores, enquanto mantém definição total do objeto.
GC FILTERS (Filtros graduados)
1.0
Uma metade é colorida e a outra é transparente. Utilizado em fotos de paisagens. Disponíveis nas cores Marrom, Vinho, Cinza, Violeta, Rosa, Verde, Amarelo, Lilás, Azul.
SPOT
1.0
O filtro Spot torna possível circundar o objeto com um atraente fundo fora de foco, deixando o centro transparente.

SOFT SPOT possui uma superfície de aparência fumê com um ponto transparente no centro, enquanto que o SOFT SPOT possui superfície irregular e ponto central transparente.
BI-COLOR e TRI-COLOR
4.0
Filtros com várias cores em um único elemento. Usado para fotos paisagísticas.
SÉPIA

Proporciona um efeito à foto deixando a imagem com aspecto envelhecido.
VERMELHO

Este filtro proporciona um efeito especial, dando ênfase à cor vermelha nas fotos.
ODD-OUT

É um filtro que permite que sejam feitas brincadeiras com as fotografias. Girando-se o filtro, você pode apagar, intencionalmente, a pessoa ou o objeto, por completo ou parte dele
  
FILTROS APROPRIADOS PARA FILMES PRETO E BRANCO:

UV Ultra-violeta
1.0
Absorve com eficiência os raios ultra-violeta e azuis, sem aumentar e exposição. Também usados como protetor de lentes.
Y2
Amarelo médio
2.0
Absorve raios ultra-violetas e azul-violeta para contrastes fortes, especialmente em fotos cênicas.
YA2
Laranja médio
4.0
Absorve raios violeta, azul e verde. Usado principalmente para cenas distantes ou nuvens.
R2
Vermelho médio
8.0
Absorve raios violeta, azul, verde e amarelo. Útil também para fotografia infra-vermelha.
P00
Amarelo esverdeado
2.0
É recomendado para fotos externas com filme tipo pancromático, para produzir fotos similares àquelas vistas a olho nu.
P01
Verde
4.0
Absorve raios ultra-violeta, violeta, alguns raios azuis e vermelhos escuros, para tornar o verde mais brilhante e o vermelho mais escuro. Muito bom para fotos de delineação da tonalidade da pele e folhas verdes.Há também as lentes de ampliação (erroneamente chamados de filtros) CLOSE-UP (+1, +2, +3, +4), são transparentes e permitem que sejam fotografados temas a curtas distâncias quando não se dispõe de uma objetiva macro ou anéis de reversão, podem ser utilizados cumulativamente acoplados para aumentar a ampliação do tema. Não são filtros, pois não filtram nada, ou seja, somente ampliam a imagem. Nada mais são do que lentes de aumento para a objetiva.

Câmeras compactas

São as mais utilizadas pela maioria das pessoas em férias e eventos familiares pela sua praticidade e tamanho. Elas não permitem ao fotógrafo muita opção de escolha e manipulação dos controles, geralmente possuem foco fixo e autofoco no caso das zoom, flash embutido, controle de velocidade e diafragma controlados eletronicamente pela câmera, não permitem a utilização de filtros e objetivas intercambiáveis, além de suas objetivas possuírem menor qualidade na resolução das imagens, em relação às reflex. 

Câmera automática simplesCâmera automática com zoom
 
Existe ainda o fato de que o fotógrafo não enxerga o motivo através da objetiva e sim pelo visor (O que se está vendo não é o que será precisamente fotografado), pois o visor é independente, situado acima da objetiva, o que causa o denominado “erro de paralaxe”, obrigando a tomarmos alguns cuidados no momento do enquadramento, para que parte da cena não fique fora da fotografia na hora do “clique”, bem como, cabeças e pés não sejam cortados.

Outro cuidado básico é com relação ao enquadramento, quando se olha pelo visor não se vê o que está adiante da pequena objetiva, o que pode levar o fotógrafo a acabar cometendo um dos mais tristes erros na fotografia - deixar o dedo, alça ou cabelo, na frente da lente. Para resolver esse problema basta segurar a câmera corretamente utilizando a mão e os dedos fechados na lateral da câmera, como suporte e ficar atento para que nada obstrua a lente.

A câmera compacta simples possui objetiva de foco fixo que produzem imagens razoavelmente nítidas de todos os temas situados a 1 metro de distância aproximadamente e a modesta nitidez dos negativos, aceitáveis somente para fotos amadoras e que não serão muito ampliadas. Já as compactas com zoom possui auto foco, o que permite em alguns modelos, aproximar-se mais do tema a ser fotografado sem perder a nitidez da imagem e suas pequenas objetivas possuem melhor qualidade em resolução do que as compactas simples.

Com câmeras compactas simples não tente fotografar a curta distância (menos do que 1,20 cm) do tema, pois certamente a imagem ficará desfocada. 

Acessórios para fotografar:

Tripé: Utilizado para fixação da câmera. Quando se utiliza a posição “B” (longas exposições) ou baixas velocidades, é utilizado para evitar que a máquina balance e a foto fique tremida. Utilizado também para auto-retrato, etc.

Tripé de mesa: Utilizado para serviços que não é possível a utilização de um tripé convencional.

Filtro Polarizador: Utilizado para eliminar reflexos de água e superfícies não metálicas, também acentua o azul do céu. Muito apropriado para paisagens.
Além deste, existem inúmeros tipos de filtros adaptáveis à objetiva da câmera, com diversas finalidades.

Cabo de extensão do flash: Utilizado para manusear o flash separado da máquina.

Disparador de Cabo: Utilizado especialmente quando a máquina está fixa em um tripé e se utiliza baixas velocidades de obturação. Com ele evita-se balançar a câmera.

Fotocélula: É usada para disparar um segundo flash sem necessidade de se conectar à máquina, ela é ligada diretamente na sapata do flash.

Fotômetro manual eletrônico: Em substituição aos fotômetros embutidos das câmeras, asseguram uma medição mais precisa de luz refletida e incidente no tema.

Pára sol: Sua função principal é evitar que os raios do sol (ou de lâmpadas fortes) atinjam a lente exposta da objetiva, causando reflexos coloridos no filme. Existem diversos modelos e tamanhos.

Tubos de extensão: uma vez acoplados entre a objetiva e o corpo da câmera, também permitem fazer macros de assuntos pequenos, como os filtros close-up. Só que com os tubos de extensão é possível uma aproximação muito maior, o que é ideal para macro fotografia e , melhor, mantendo a qualidade ótica da objetiva. Os tubos de extensão possuem várias medidas.

Ar comprimido: utilizados para limpeza das partes internas da câmera e da objetiva, sem necessidade de tocar seus componentes. Utilizar a uma distância aproximada de uns 20 cm.

Fuc-fuc: bombinha de ar manual com um pincel na ponta, opção barata para limpar objetivas e partes internas da câmera, quando não se tem ar comprimido.

Malas e Maletas: utilizadas para acomodar a câmera fotográfica e diversos equipamentos, mantendo-os protegidos e armazenados de forma organizada facilitando a utilização e transporte.

Haze-light: Difusor utilizado em estúdio para suavizar a iluminação do flash (em seu interior) sobre o modelo ou motivo a ser fotografado, suavizando as sombras e iluminando uniformemente o motivo. É totalmente desmontável. Existem também as conhecidas sombrinhas de flash que causam efeito semelhante.

Flash com rebatedor: Para não utilizar luz direta do flash no motivo, um macete simples é fixar um papel branco com elástico no tubo do flash e direcioná-lo para cima (entre 45° e 90°), assim a luz será difusa e não causará sombras profundas, brilhos e olhos vermelhos. Há flashes que já vem com um pequeno rebatedor acoplado, do fabricante.
 
Tele conversor: Utilizado para aumentar a distância focal da objetiva. Encontrados nas medias 1,4x  (amplia 40%) e 2x (amplia 100%). Ex.: uma objetiva de 50 mm pode ser transformada em uma meia tele de 100 mm utilizando o tele conversor fator 2x. Opção barata para quem não pode comprar teleobjetivas. É acoplado entre a objetiva e o corpo da câmera.

Battery Pack: Substitui a bateria original da reflex autofocus por pilhas comuns AA, mais baratas e fáceis de se encontrar. As alcalinas têm longa durabilidade no acessório.

Sapata com contato PC: Para ser instalada na sapata de câmeras que não têm o contato “PC” para cabo de sincronismo usado com flashes independentes ou de estúdio.

Power Pack: Pequena caixinha com seis pilhas ligada por cabo ao flash e que pode ser levada no bolso ou presa ao cinto. Com a carga adicional, reduz-se o tempo de reciclagem do flash e aumenta-se o número de disparos.

Acessórios para macrofotografia e close-up:Além das objetivas marco, existem alguns acessórios úteis para a macro fotografia: 
  
Fole: O princípio do uso do fole é o mesmo do anel de extensão: serve para aumentar a distância entre a objetiva e o plano do filme. O fole garante o foco a curtíssimas distâncias e amplia a imagem bem mais que os tubos. A maioria pode ser “esticado” até 30 cm. 
  
Tubos de extensão: Como já foram vistos anteriormente, são encaixados entre a objetiva e a câmera, aumentam a distância entre o filme e a objetiva para permitir o foco a uma distância curta, mesmo efeito produzido pelo fole, porém não chegam a 30 cm, como os foles.

Anel de inversão: É um anel utilizado entre a câmera e a objetiva, o que permite inverter a objetiva e permitir que o objeto fotografado fique bem ampliado e com boa resolução ótica, no entanto a profundidade de campo é mínima e os controles de diafragma, obturador e foco devem ser feitos manualmente. É uma opção barata para os iniciantes em macro fotografia, porém tal acessório é raramente encontrado nas lojas especializadas.

Filtros close-up: Outra opção barata para iniciantes realizarem macros até a uma determinada distância do tema. Funciona como uma lupa que, rosqueada à frente da objetiva permite a ampliação do tema. A potência de cada filtro é medida em dioptrias. Os mais comuns são os de medidas: +1, +2 e +4, podem ser utilizados acoplados um no outro para aumentar a medida para +7. A única desvantagem destes filtros é a qualidade da imagem que não se pode comparar com os Tubos e Foles.

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